A primeira lei de Newton diz que um objeto em movimento tende a permanecer em movimento, e um objeto parado tende a permanecer parado. Essa lei também se aplica a pessoas. Enquanto algumas pessoas são naturalmente motivadas para completar projetos, outras pessoas são apatéticas, precisando de motivação para combater até mesmo a inércia! Preguiça, um estilo de vida para alguns, é uma tentação para todos. A Bíblia, no entanto, é clara que, porque o Senhor, que é um Deus que trabalha, foi quem ordenou trabalho para o homem, preguiça é um pecado. “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio” (Provérbios 6:6).
O importante é trabalhar de alguma forma, utilizar a vida que Deus nos deu, dando sentido e objetivo(s) à ela. Ao término, cito um conselho de Salomão, quando este, já em idade madura, teria registrado sábios conselhos sobre prosperidade nos negócios e na vida em geral. Salomão disse: “O desejo do preguiçoso o mata, porque suas mãos se recusam a trabalhar” (Ecl. 21, 25).
Este parece ser o elemento que faz da preguiça um dos sete pecados capitais: o desejo, ou melhor, a falta de desejo. O preguiçoso não faz nada com os próprios desejos e isto torna sua vida infrutífera. Para vencer a preguiça é preciso trabalhar, mas para trabalhar é preciso ter desejo e fazer algo útil com ele. O preguiçoso necessita resgatar o desejo dentro de si e “mexer” com ele.
Preguiça é um substantivo feminino com origem no termo em latim pigritia, é uma característica ou atitude que demonstra pouca disposição para o trabalho, ou aversão ao trabalho. Está também relacionada com negligência, indolência,mandriice, demora ou lentidão em praticar qualquer ação.
A preguiça se revela através da morosidade em cumprir algum trabalho, seja ele físico ou mental.
Uma pessoa que gosta de se levantar tarde ou gosta de ficar na cama pode ser considerada preguiçosa. Em inglês, a palavra preguiça é traduzida como lazinessou sloth, sendo que esta última é também usada para designar o bicho preguiça.
A doutrina Católica apresenta a preguiça como um dos sete pecados capitais, caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, vadiagem. Do latim prigritia
A Bíblia tem muito a dizer sobre a preguiça. O livro de Provérbios é cheio de sabedoria e advertências contra a preguiça. Ele diz que o preguiçoso odeia trabalho: “O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar” (21:25); ele adora dormir: “Como a porta gira nos seus gonzos, assim o preguiçoso na sua cama” (26:14); ele dá desculpas: “Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas” (26:13); ele desperdiça tempo e energia: “O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador” (18:9); ele acredita que é sábio, mas é um tolo: “Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem” (26:16).
Provérbios também nos diz que há um fim certo para o preguiçoso: O preguiçoso se torna um servo (ou devedor): “A mão dos diligentes dominará, mas os negligentes serão tributários” (12:24); seu futuro será descoberto: “O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega, mas nada receberá” (20:4); ele nada alcança: “A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta”(13:4).
Não deve haver espaço para preguiça na vida de um Cristão. Um Cristão pode se tornar ocioso se acreditar que Deus não espera fruto de uma vida transformada. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). Os Cristãos mostram sua fé através de suas obras. “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:18,26). A preguiça viola o propósito de Deus- as boas obras. O Senhor, no entanto, capacita os Cristãos a combater a tendência da carne de ser preguiçoso ao nos dar uma nova natureza (2 Coríntios 5:17).
Na nossa nova natureza, somos motivados a ter diligência e produtividade por amor ao nosso Salvador que nos redimiu. Nossa velha tendência à indolecência – e a todos os outros pecados – foi substituída por um desejo de viver vidas que agradam a Deus: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Efésios 4:28). Deus nos deu a responsabilidade de providenciar para a nossa família através do nosso trabalho: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Timóteo 5:8); e para os da família de Deus: “Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:34-35).
Como Cristãos, sabemos que nossos esforços serão recompensados pelo Senhor se formos perseverantes e diligentes: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gálatas 6:9-10); “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Colossenses 3:23-24); “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis” (Hebreus 6:10).
Os Cristãos devem trabalhar com a força do Senhor para evangelizar e discipular. O Apóstolo Paulo é o nosso exemplo: “A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; E para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente” (Colossenses 1:28-29). Até mesmo no Céu, continuaremos a trabalhar e a servir a Deus, mesmo quando não estivermos mais afetados pela maldição (Apocalipse 22:3). Livres de todas as doenças, tristeza e pecado – até mesmo preguiça- os santos vão glorificar ao Senhor para sempre. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Coríntios 15:58).
Na tradição cristã, a preguiça é o pecado de não fazer nada de útil com o dom de Deus que é a vida. Já, o trabalho é o castigo de Deus por causa do pecado original que é a desobediência cometidas por Adão e Eva no Paraíso.
Junto com a preguiça vem, constantemente, o egoísmo e a má vontade.
São dois poderosos agravantes do problema.
O egoísmo é reforçado porque é a forma da pessoa "não enxergar" o que poderia estar fazendo. Por exemplo: o carro está cheio de compras do supermercado. O preguiçoso "não percebe" que pode ajudar a tirar as compras. É uma forma de não fazer nada.
Ou seja, ele fica limitado em "seu próprio mundo". Limitado, ele não percebe as necessidades alheias - egoísmo.
Má vontade: se alguém o chama para ajudar a tirar as compras do carro o resultado é a má vontade. Não há disposição, satisfação e nem bem estar em ajudar.
Se você é um preguiçoso preste atenção nesta frase: "como posso ser útil?" Ela te ajudará a retomar o dinamismo e a boa vontade.
"Como posso ser útil" te ajudará a sair do egoísmo e aumentar a área de atuação da sua consciência.
É uma técnica que ajudará não só os preguiçosos, mas todas as crianças e adolescentes. Elas tem que ser criadas aprendendo a serem úteis para serem pessoas dinâmicas e com boa vontade.
Cumpra com suas responsabilidades e deixe de criar desculpas e ilusões que servem para mascarar sua preguiça, falta de disciplina e dedicação.
A bondade precisa da coragem para existir.
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